Olho ao redor, olho pra mim.
Busco a compreensão do mundo que me cerca,
sem antes decifrar o universo que há em mim
mesma.
Não dá certo. Como poderia?
A viagem da vida é de dentro pra fora.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Guerra e Paz
"As discussões políticas e filosóficas em torno da ideia da paz, e sobre os meios de alcançá-la, são infindáveis.
A bem dizer, apenas sofrem um intervalo enquanto se travam as guerras, sempre mais fáceis de declarar.
Entretanto, a chave do problema é teoricamente simples, e pode ser encontrada no Antigo Testamento, Salmo 84, nº 11:
'A misericórdia e a verdade se encontraram: a justiça e a paz se beijaram. '
Resumindo: o outro nome da paz é justiça."
Carlos Drummond de Andrade
A bem dizer, apenas sofrem um intervalo enquanto se travam as guerras, sempre mais fáceis de declarar.
Entretanto, a chave do problema é teoricamente simples, e pode ser encontrada no Antigo Testamento, Salmo 84, nº 11:
'A misericórdia e a verdade se encontraram: a justiça e a paz se beijaram. '
Resumindo: o outro nome da paz é justiça."
Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Eu e a indiferença
De repente, um punhado de páginas me move do chão.
Linhas desconsertantes me fazem pensar em coisas que me eram estranhas, quase nulas.
Seria a vida uma simples banalidade, a qual damos demasiada importância?
Seria a existência tão vazia de sentido,a ponto de nos causar desespero e nos fazer buscar motivos, valores, densidade e eternidade para algo que, na verdade, é efêmero e incompreensível?
Seria eu estrangeira também? Creio, somos todos nós.
Estrangeiros. Estranhos. Diferentes, a princípio. Indiferentes, sempre.
***
"Como se essa grande cólera me tivesse purificado do mal, esvaziando-me de esperança, diante dessa noite carregada de sinais e de estrelas, eu me abria pela primeira vez à terna indiferença do mundo. Por senti-lo tão parecido comigo, tão fraternal, enfim, senti que fora feliz e que ainda o era."
(O Estrangeiro - Albert Camus)
Linhas desconsertantes me fazem pensar em coisas que me eram estranhas, quase nulas.
Seria a vida uma simples banalidade, a qual damos demasiada importância?
Seria a existência tão vazia de sentido,a ponto de nos causar desespero e nos fazer buscar motivos, valores, densidade e eternidade para algo que, na verdade, é efêmero e incompreensível?
Seria eu estrangeira também? Creio, somos todos nós.
Estrangeiros. Estranhos. Diferentes, a princípio. Indiferentes, sempre.
***
"Como se essa grande cólera me tivesse purificado do mal, esvaziando-me de esperança, diante dessa noite carregada de sinais e de estrelas, eu me abria pela primeira vez à terna indiferença do mundo. Por senti-lo tão parecido comigo, tão fraternal, enfim, senti que fora feliz e que ainda o era."
(O Estrangeiro - Albert Camus)
Ah... Pessoa!
Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia
Fernando Pessoa, 1931
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia
Fernando Pessoa, 1931
Descoberta Agridoce
As pessoas podem se esquecer da cor do seu cabelo, sua altura, seu peso...
Podem nem fazer idéia de quantos anos você tem, quantos filhos, quantos amores...
Ninguém liga muito pras boas verdades ou pequenas mentiras que você diz.
Na boa, o que você diz é apenas o que você diz.
O seu "orkut" pode te mostrar como o que você quiser ser... quem se importa?!
Porque na verdade, na verdade mesmo... o que fica é o que você faz. De bom ou de ruim.
As pessoas vão se lembrar do seu talento, ou sua incompetência. Da sua atitude, ou da sua apatia. Das marcas positivas que deixou, ou das cicatrizes dolorosas que causou.
Portanto pense, mude, aprenda. E principalmente, faça algo que valha a pena ser lembrado. Pra sempre.
Podem nem fazer idéia de quantos anos você tem, quantos filhos, quantos amores...
Ninguém liga muito pras boas verdades ou pequenas mentiras que você diz.
Na boa, o que você diz é apenas o que você diz.
O seu "orkut" pode te mostrar como o que você quiser ser... quem se importa?!
Porque na verdade, na verdade mesmo... o que fica é o que você faz. De bom ou de ruim.
As pessoas vão se lembrar do seu talento, ou sua incompetência. Da sua atitude, ou da sua apatia. Das marcas positivas que deixou, ou das cicatrizes dolorosas que causou.
Portanto pense, mude, aprenda. E principalmente, faça algo que valha a pena ser lembrado. Pra sempre.
Feminina
- Ô mãe, me explica, me ensina, me diz o que é feminina?
- Não é no cabelo, no dengo ou no olhar, é ser menina por todo lugar.
- Então me ilumina, me diz como é que termina?
- Termina na hora de recomeçar, dobra uma esquina no mesmo lugar.
Costura o fio da vida só pra poder cortar
Depois se larga no mundo pra nunca mais voltar
- Ô mãe, me explica, me ensina, me diz o que é feminina?
- Não é no cabelo, no dengo ou no olhar, é ser menina por todo lugar.
- Então me ilumina, me diz como é que termina?
- Termina na hora de recomeçar, dobra uma esquina no mesmo lugar.
Prepara e bota na mesa com todo o paladar
Depois, acende outro fogo, deixa tudo queimar
- Ô mãe, me explica, me ensina, me diz o que é feminina?
- Não é no cabelo, no dengo ou no olhar, é ser menina por todo lugar.
- Então me ilumina, me diz como é que termina?
- Termina na hora de recomeçar, dobra uma esquina no mesmo lugar.
E esse mistério estará sempre lá
Feminina menina no mesmo lugar.
Joyce
- Não é no cabelo, no dengo ou no olhar, é ser menina por todo lugar.
- Então me ilumina, me diz como é que termina?
- Termina na hora de recomeçar, dobra uma esquina no mesmo lugar.
Costura o fio da vida só pra poder cortar
Depois se larga no mundo pra nunca mais voltar
- Ô mãe, me explica, me ensina, me diz o que é feminina?
- Não é no cabelo, no dengo ou no olhar, é ser menina por todo lugar.
- Então me ilumina, me diz como é que termina?
- Termina na hora de recomeçar, dobra uma esquina no mesmo lugar.
Prepara e bota na mesa com todo o paladar
Depois, acende outro fogo, deixa tudo queimar
- Ô mãe, me explica, me ensina, me diz o que é feminina?
- Não é no cabelo, no dengo ou no olhar, é ser menina por todo lugar.
- Então me ilumina, me diz como é que termina?
- Termina na hora de recomeçar, dobra uma esquina no mesmo lugar.
E esse mistério estará sempre lá
Feminina menina no mesmo lugar.
Joyce
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Caminhos
The Road Not Taken
Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;
Then took the other, as just as fair
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that, the passing there
Had worn them really about the same,
And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.
I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
two roads diverged in a wood, and I --
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.
Robert Lee Frost (1874-1963)
Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;
Then took the other, as just as fair
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that, the passing there
Had worn them really about the same,
And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.
I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
two roads diverged in a wood, and I --
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.
Robert Lee Frost (1874-1963)
Assinar:
Postagens (Atom)