Debruçada em minha janela
ouço o barulho das ruas:
carros, pessoas e pressa,
muita pressa.
Não é difícil deixar-me levar pelos pensamentos
aos momentos doces, às memórias marcantes,
lembranças cheirosas do meu caminho.
Fecho os olhos e, sem esforço, consigo
ouvir os risos, sentir os toques,
enxergar novamente o brilho em cada olhar,
em cada gesto;
cada detalhe carregado de tanto sentido.
Inspiro e expiro lentamente.
Sinto com clareza cada batida do meu coração.
Sorrio para o imenso céu azulado do início da noite
ao perceber que, talvez, nesse mundo inteiro
eu seja a única a não ter pressa.
Coisa boa nessa vida é ter algo para sentir saudade.
*******
E o menino com o brilho do sol
Na menina dos olhos
Sorri e estende a mão
Entregando o seu coração
E eu entrego o meu coração
E eu entro na roda
E canto as antigas cantigas
De amigo irmão
As canções de amanhecer
Lumiar e escuridão
E é como se eu despertasse de um sonho
Que não me deixou viver
E a vida explodisse em meu peito
Com as cores que eu não sonhei
E é como se eu descobrisse que a força
Esteve o tempo todo em mim
E é como se então de repente eu chegasse
Ao fundo do fim
De volta ao começo
Ao fundo do fim
De volta ao começo
(De Volta ao Começo, Gonzaguinha)
3 comentários:
Ahhh, Gonzaguinha...
Eu também AMooo... essa música, mas geralmente ouço ela mais na voz de roupa nova... quase todos os dias..(risos)...!
muito linda... mesmOOO...!
escolha perfeita!!!
Vou te confessar que esse poema é especial. Partilarmente especial.
Adoro seu olhar, sua leitura. xD
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