sexta-feira, 7 de maio de 2010

Levemente Absorta

Debruçada em minha janela
ouço o barulho das ruas:
carros, pessoas e pressa,
muita pressa.

Não é difícil deixar-me levar pelos pensamentos
aos momentos doces, às memórias marcantes,
lembranças cheirosas do meu caminho.
Fecho os olhos e, sem esforço, consigo
ouvir os risos, sentir os toques,
enxergar novamente o brilho em cada olhar,
em cada gesto;
cada detalhe carregado de tanto sentido.

Inspiro e expiro lentamente.
Sinto com clareza cada batida do meu coração.
Sorrio para o imenso céu azulado do início da noite
ao perceber que, talvez, nesse mundo inteiro
eu seja a única a não ter pressa.

Coisa boa nessa vida é ter algo para sentir saudade.


*******


E o menino com o brilho do sol
Na menina dos olhos
Sorri e estende a mão
Entregando o seu coração
E eu entrego o meu coração
E eu entro na roda
E canto as antigas cantigas
De amigo irmão
As canções de amanhecer
Lumiar e escuridão

E é como se eu despertasse de um sonho
Que não me deixou viver
E a vida explodisse em meu peito
Com as cores que eu não sonhei
E é como se eu descobrisse que a força
Esteve o tempo todo em mim
E é como se então de repente eu chegasse
Ao fundo do fim
De volta ao começo
Ao fundo do fim
De volta ao começo

(De Volta ao Começo, Gonzaguinha)

3 comentários:

Unknown disse...

Ahhh, Gonzaguinha...

Sophia Christian disse...

Eu também AMooo... essa música, mas geralmente ouço ela mais na voz de roupa nova... quase todos os dias..(risos)...!



muito linda... mesmOOO...!


escolha perfeita!!!

LiLi disse...

Vou te confessar que esse poema é especial. Partilarmente especial.

Adoro seu olhar, sua leitura. xD